18 maio 2010

Nem me dou a ver...


Este era o meu espaço, a minha redoma.
O meu confessionário, o meu canto.
Aqui chorava os meus dias e as minhas alegrias.

Que é feito de mim?

Por onde ando? O que tenho feito?
Ou melhor... o que tenho feito para me esquecer de mim e deixar o meu blog ao abandono?
São tantas as coisas, encavalitadas em overbooking, que parece que eu nunca mais vou conseguir ter sossego, sem pressas, nem pressões.

O que faço eu fazendo tudo ao mesmo tempo?... Faço pela vida. E pior, faço-me a vida negra!
Como se já não tivesse sarna com que me coçar, ainda há pouco já me entusiasmei toda com um novo projecto. O burro carrega, mas os alforges têm limites. E das duas uma: ou eu não percebo isso, ou eu tenho mesmo é gosto em andar assim carregada.

Valha-me esta paisagem da barragem de Idanha, que me lembra sempre o Éden e me faz sentir nas nuvens. Tenho saudades de não fazer nenhum... e ter só a extenuante, mas prazeirosa, tarefa humana de contemplar o mundo.

Será pedir assim tanto?