Cheguei a casa e dei por falta da máquina fotográfica. Raios!
Tinha dois cartões cheios de tralha e estava ansiosa por espiolhar aquelas imagens. Nada a fazer! O post tem mesmo de ficar assim: meio nú.
Também há posts sem fotos, mas é como os pastéis de nata sem canela. Nem toda a gente quer ou precisa, mas há quem adore e não os grame de outra maneira.
Eu pertenço à classe destes últimos: os de pastel de nata com canela, os das fotos nos posts, os que se esquecem da máquina fotográfica no porta-luvas do carro do namorado, os que chegam a casa e se agarram automaticamente ao computador para esvaziar a caixa do correio na inevitável tentativa de actualização virtual, os que vêm de férias cheios de ideias e projectos, os que passam as férias a pensar em tudo o que deixaram para trás (casas por pintar, cães e praias com areia com uma grau de moagem decente), os que odeiam que a toalha se encha de areia, os que odeiam que a praia se encha de gente, os que odeiam vento, os que adoram ondas, os que amam o mar calmo e as águas límpidas, os que querem uns dias de descanso, mas voltam cheios de saudades de tudo e de todos.
Voltei.
E quando volto, seja de onde for, sabe-me sempre bem recordar o Dino Meira. E por muitas vezes que me tenham ouvido (ou lido), não resisto a perpetuar mais uma vez esta música deliciosa:
Voltei, voltei,
voltei de lá.
Ainda ontem estava em França
e agora já estou cá.
Voltar é bom. Voltar é no fundo a única boa razão para nos fazer sair. Para reencontrarmos a nossa vida, as nossas coisas, o nosso caminho, mesmo que não seja no mesmo lugar. Mas a esta hora da noite já não me vou pôr a procurar mais nada. Fica para amanhã, que onde quer que eles se tenham metido, não vão fugir para muito longe.
Como diz a TMN, até já-á!
1 comentário:
Eu, cá espero pelo teu retorno aos blogs-com-fotografias. Também acho que torna a palavra mais viva e significante.
Luís
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