28 abril 2007

Alprazolam: o "vá para fora cá dentro" da minha mente!

Alprazolam.
Nome sem nexo, que não diz nada a não ser uma sentença.
Que raio é Alprazolam?
Nos dias de hoje, em meia dúzia de cliques consegue-se saber tudo, inclusive que Alprazolam é o princípio activo de muitos ansiolíticos, presente também no Xanax.

Eu ando a tomar o genérico do Xanax??

Por estúpido que pareça, saber disto deixa-me ainda mais ansiosa. Mas não o suficiente para me passar dos carretos, como de costume.

Passadas quase duas semanas de tratamento, decidi fazer um ponto da situação: quando antes me stressava por tudo e por nada e, muitas vezes, sem saber porquê, agora deixo-me apenas embalar nas ondas de uma serenidade generalizada. Claro que continuo com picos de nervos, mas sinto-os como os apitos dos barcos ao longe na costa. Estou tão deliciada a curtir a onda que nem dá para me preocupar.
Cada dia que passa é mais um dia de férias que dou ao meu coração, à minha cabeça e ao meu sistema nervoso.
Um dia de férias, cheio de sol, com água quentinha de fazer tomar banho até engelhar os dedos das mãos e dos pés.
Alprazolam não é a minha cura milagrosa. É tipo férias no Algarve, em pleno Verão, em boa companhia, em que os únicos ataques de suores se devem apenas às vagas de calor, e as crises de pânico só por não ter posto o protector solar no peito dos pés (!).

2 comentários:

Anónimo disse...

Estás a falar de medicina.
Ou seja, é o mesmo dizer que uma dor de barriga tem a ver, proximamente, distante, ou muito distante com o cérebro - por exepmplo, o teu cérebro ordenou que comesses muito chocolate, ou outra coisa qualquer que provoque essas dores. As anomalias do corpo têm origem nas atitudes que o cérebro ordenou; a ansiedade tem a ver com problemas também com origem no cérebro, mas de natureza diferente. Tudo se passa ao nível orgânico, o pensamento tem origem no cérebro e ele é org ão/ânico. Isto é ser, mais uma vez, redutor, ou relativizador, se quiseres.

Luís

Anónimo disse...

Os comprimidos resolvem muitos problemas.
Na realidade, quando tomamos um analgésico não estamos a deixar de ter a dor, mas apenas a deixar de a sentir. Na medicina actual combate-se a sintomatologia, em detrimento das causas reais do problema.
Eu só espero comprar tempo com estes comprimidinhos. Tempo para ganhar confiança, para ter certeza estatística de verdades básicas da minha vida, o que é muito difícil de atingir quando se têm constantes e embaraçosas crises de suores e pânico do contacto/exposição social.
Para que o meu sistema orgânico esteja a dar sinais, é preciso que algo despolete esses sinais. São essas as causas (que tu bem apontaste no outro post) que eu quero atacar.
Os comprimidos só me compram o tempo do intervalo deste fabuloso derby entre mim e mim.
Olívia Patroa, Olívia Costureira...
Na Primária chamavam-me Olívia Palito!
Quem iria adivinhar?