09 julho 2007

"Marcha à Ré" é sempre em frente!

As férias são como o Natal:
  • quando um homem quiser;
  • uma mulher deixar;
  • e o dinheiro permitir.
As férias no ano passado foram... resumidas. Daí que este ano tenha decidido reclamar férias desde cedo, ocupando os fins de semana activamente.
O interesse é não ficar em casa. Claro que se corre o risco de ficar cansada com a viagem (e a segunda-feira não perdoa), mas o cansaço é sempre disfrutado, e não sofrido.
Chegamos moídos, mas felizes. E isto é um descanso!

Se há um Portugal profundo, então eu tenho andado a fazer mergulho.

Por sítios em que a paisagem inspiradora nos estampa um sorriso no rosto; onde acordamos às 6 da manhã com o barulho dos pássaros e das vacas que ainda não pararam de mugir e se aproximam cada vez mais; onde todos nos acarinham e nos dizem "Bem haja!" e "Boa Viagem!" por onde quer que passemos; onde os desconhecidos com que nos cruzamos na rua nos dizem "Bom dia" (imaginem pôr isto em prática em Lisboa!!); onde se recordam férias e episódios de há 20 anos atrás, relembrando o cheiro intenso do lagar de azeite, ou da frescura da água tirada da bilha de barro e bebida pelo púcaro; onde um exército de pequeninas aranhas e mosquitos nos fica a guardar o habitáculo da tenda; onde nos vemos obrigados a partilhar o lavatório da casa-de-banho com uma rela, que teima em escalar azulejos e pedra mármore, com toda a certeza para se conseguir ver ao espelho!

Por tudo isto, o fim de semana passado me soube a férias. Tanto, que só quando entrei hoje no portão da escola é que me conformei que tinham acabado.

... Humm.
É que tinha ficado com a impressão que no paraíso não havia volta atrás.


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