A nossa casa é a nossa fortaleza. É onde recuperamos forças, onde saramos as feridas. É o nosso mundinho, o nosso cantinho, o pedacinho de chão que nos acolhe e o pedacinho de tecto que nos abriga.
É a força que nos protege e recarrega as baterias, mas não é inesgotável. As fortalezas também são atacadas, desvirginadas, corrompidas e aquilo que parecia ser o nosso último reduto é um canto do mundo como outro qualquer, exposto à adversidade, sem qualquer escudo.
Saio para férias, acho que sempre com o único motivo de querer voltar para casa. Tenho saudades da sala, tenho saudades do sofá, da cama, da almofada, da televisão, do estúdio... E desta vez, lá de longe, a casa parecia-me uma muralha deitada abaixo, impossível de reerguer, impossibilitada de me proteger.
Cheguei a casa? Isto não é casa. Cheguei ao sítio onde moro, saudosa por um lugar que não existe mais aqui, um lugar de paz para mim.
As muralhas estão derrubadas, e depois das "férias" só me resta arregaçar as mangas e começar a levantar a altura dos muros. Diz a experiência que a adversidade não irrompe por onde quer, mas até onde nós deixamos.
A minha casa é o meu mundo, o meu sossego, o meu canto.
As paredes já não são de tijolo e cimento, e constroem-se na minha cabeça com paciência, tempo e determinação. Barreiras mentais são mais difíceis de subir do que três fiadas de tijolo, mas espero (estou a contar com isso!) serem mais eficazes.
Um beijo especial a todos os que vivem em apartamentos e têm que aturar as adversidades vindas dos vizinhos.
3 comentários:
Viva o centro do mundo! Um dia dar-me-ão razão. Sofia, se quiseres tenho um cantinho com vista para o castelo de Palmela com cerca de 200m2 (precisa de um restaurozito). Os vizinhos ficam a 300 metros :) Beijinhos
PS: precisas é de umas aulinhas upa upa
LOL!!
Não preciso de 300 metros de distância dos vizinhos. Se não estiverem em cima de mim já é uma benção.
A partir de agora só penthouses ou vivendas. E saí eu da "penthouse da vivenda" dos meus pais para isto.
E nem sequer me faltava a vista para serra da Arrábida, com o alto do Formosinho enquadrado na janela do meu quarto...
Uma coisa é verdade: os nervos andam à flor da pele e eu já me ando a passar por não levar a bordoada matinal. Da próxima, Diogo, é para partir!
Ola! Vi o seu blogue e gostei bastante. Tem muito conteudo e bastante interesse......
Tenho um blogue . É www.olhardireito.blogspot.com ..... Gostava que o visitasse e desse uma opinião....
Obrigado pela atençao
Cumprimentos
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