Um, dois, três.
Expiro forte. Sem regra. Como se tivesse um balão de ar para expulsar de dentro de mim.
Forço-me a escrever, porque tem aliviado, e ainda agora são 11h00 e eu já estou com a ansiedade em pico.
Silêncio, que se vai cantar o fado.
Fado não é tristeza que se sente. É tristeza que se vive.
E eu, tenho vivido assim, triste comigo e, não nego, com os outros também. Pelas mesmíssimas razões: expectativas acima da média.
Gosto de acordar no meu dia de anos com aquela sensação de: "hoje o dia é MEU!!" São 364 os dias de espera que sobram, mas hoje sou eu o centro das atenções.
Perante esta perspectiva, salto da cama com uma vontade e entusiasmo incaracterísticos em mim. É que algo me dá sempre a certeza de que, por ser o meu dia, tudo vai ser bom!
Hoje não foi assim.
É 25 de Setembro, não me enganei.
Revirei-me nos lençóis e depois de muito rebuliço abri um olho ao dia mais feliz do meu ano. Não me pareceu assim tão feliz e voltei a dormitar para o outro lado.
A gastrite acordou-me ao mesmo tempo que o despertador me acordava para ir fazer análises. Não posso fazer horas de jejum, quando tenho o estômago mais sensível do que eu! Lá se vão as análises.
Tomo o pequeno-almoço no sofá, vejo as notícias do dia, percorro os programas eleitorais para saber em quem votar e acedo à aplicação da contratação de escola, como se fosse lá encontrar qualquer tipo de felicidade.
Nada.
O meu dia ainda não foi brilhante. Mas daí, eu também não ando brilhante.
Hoje tenho encontro marcado com o destino. E, curiosamente, não me dá vontade de cantar...
O fado quer-se triste. Só assim enxovalha o coração e o espírito. Só assim é bonito de ser cantado e chorado.
...
Meu Deus... Que disposição a minha para o meu dia de anos!
Conhecendo a minha pessoa (como eu já nem me reconheço!), estaria a esta hora a organizar carradas de preparativos para fazer uma festa. Eu adoro festas! Adoro juntar pessoas, fazer comezainas, rir, "comer e buer à parba"!
Dada a minha saúde física e emocional do momento, nada de mais desaconselhável.
Digo para mim própria que devo descansar, aliviar a cabeça de preocupações e tratar de mim.
Quero estar sossegadinha no meu canto.
Não queria passar ao lado da comemoração dos 31 anos, mas... se a saúde não permite, há que respeitar.
O sol brilha lá fora. Parece estar um dia bonito.
Eu tenho em mim o céu nublado, por vezes com ocorrência de aguaceiros.
Volta e meia cai um relâmpago, derivado do electromagnetismo do telemóvel e tudo fica em suspenso. Será um desejo de feliz aniversário ou a colocação numa escola?
Reparo agora, que não tenho mesmo condições atmosféricas para disfrutar deste dia em pleno.
Tenho de esperar que o vento forte varra toda a instabilidade do meu continente.
E até lá tenho de tomar atenção às precipitações e lidar com a depressão frontal que tem atingido o meu território nos últimos dias.
Para o dia mais feliz do ano, esta não é uma grande previsão, pois não?
Expiro forte. Sem regra. Como se tivesse um balão de ar para expulsar de dentro de mim.
Forço-me a escrever, porque tem aliviado, e ainda agora são 11h00 e eu já estou com a ansiedade em pico.
Silêncio, que se vai cantar o fado.
Fado não é tristeza que se sente. É tristeza que se vive.
E eu, tenho vivido assim, triste comigo e, não nego, com os outros também. Pelas mesmíssimas razões: expectativas acima da média.
Gosto de acordar no meu dia de anos com aquela sensação de: "hoje o dia é MEU!!" São 364 os dias de espera que sobram, mas hoje sou eu o centro das atenções.
Perante esta perspectiva, salto da cama com uma vontade e entusiasmo incaracterísticos em mim. É que algo me dá sempre a certeza de que, por ser o meu dia, tudo vai ser bom!
Hoje não foi assim.
É 25 de Setembro, não me enganei.
Revirei-me nos lençóis e depois de muito rebuliço abri um olho ao dia mais feliz do meu ano. Não me pareceu assim tão feliz e voltei a dormitar para o outro lado.
A gastrite acordou-me ao mesmo tempo que o despertador me acordava para ir fazer análises. Não posso fazer horas de jejum, quando tenho o estômago mais sensível do que eu! Lá se vão as análises.
Tomo o pequeno-almoço no sofá, vejo as notícias do dia, percorro os programas eleitorais para saber em quem votar e acedo à aplicação da contratação de escola, como se fosse lá encontrar qualquer tipo de felicidade.
Nada.
O meu dia ainda não foi brilhante. Mas daí, eu também não ando brilhante.
Hoje tenho encontro marcado com o destino. E, curiosamente, não me dá vontade de cantar...
O fado quer-se triste. Só assim enxovalha o coração e o espírito. Só assim é bonito de ser cantado e chorado.
...
Meu Deus... Que disposição a minha para o meu dia de anos!
Conhecendo a minha pessoa (como eu já nem me reconheço!), estaria a esta hora a organizar carradas de preparativos para fazer uma festa. Eu adoro festas! Adoro juntar pessoas, fazer comezainas, rir, "comer e buer à parba"!
Dada a minha saúde física e emocional do momento, nada de mais desaconselhável.
Digo para mim própria que devo descansar, aliviar a cabeça de preocupações e tratar de mim.
Quero estar sossegadinha no meu canto.
Não queria passar ao lado da comemoração dos 31 anos, mas... se a saúde não permite, há que respeitar.
O sol brilha lá fora. Parece estar um dia bonito.
Eu tenho em mim o céu nublado, por vezes com ocorrência de aguaceiros.
Volta e meia cai um relâmpago, derivado do electromagnetismo do telemóvel e tudo fica em suspenso. Será um desejo de feliz aniversário ou a colocação numa escola?
Reparo agora, que não tenho mesmo condições atmosféricas para disfrutar deste dia em pleno.
Tenho de esperar que o vento forte varra toda a instabilidade do meu continente.
E até lá tenho de tomar atenção às precipitações e lidar com a depressão frontal que tem atingido o meu território nos últimos dias.
Para o dia mais feliz do ano, esta não é uma grande previsão, pois não?