Há qualquer coisa, este ano que fez acontecer tudo.
Perguntei-me já se seria este um ano bissexto, mas não. Um ano normal, como qualquer outro.
Um ano com três casamentos e dois funerais. E só não igualei o resultado porque o terceiro funeral coincidiu com um dos casamentos.
Podia ser pior, pensei eu. Mas conseguir imaginar o pior não quer dizer que isto não seja mau que chegue.
Durante muito tempo, avaliei as coisas assim. Desde que encontrasse um cenário mais negro, já a minha vida parecia suficientemente colorida e abençoada. Escusado será dizer que passei o ano inteiro a dizer a mim própria que as más experiências que passei nestas duas escolas não eram nada de significante. Até que cheguei às férias.
Nas férias há o ruminar próprio de um ano lectivo, para fazer dele o adubo para o ano seguinte. E o que encontrei este ano foi merda em estado puro.
Chorei, chorei muito. Nem vontade para escrever tive. Porque menti a mim própria e forcei-me a fingir que nada disto era assim tão mau. Não era o pior, mas era mau que chegasse.
Entre soluços soltei aquele "porrra, este ano foi uma merda!". Não sem vergonha e acanhamento, não sem me achar fraca. Porém com o reconhecimento desta verdade: foi-o de facto.
Um ano que me fez mal e me tirou o gosto pelo o ensino, que me fez conhecer o pior das pessoas, para além do que me era possível imaginar. Voltei a sentir-me uma criança, com a sensação de me ser tirado o tapete por baixo dos pés. Senti-me ridícula, por ser ainda tão ingénua face à maldade camuflada dos outros. Que inocência a minha, a de pensar que a nossa acção é regida para fazer as coisas bem e por bem, e não para proveito próprio.
Tenho 30 anos, a caminho dos 31, e ainda penso coisas destas. Ainda caio em buracos como estes, tão ilusórios como acreditar no Pai Natal.
Sinto-me amargurada, e sobra-me este sol de Verão para eu não cair em plena depressão.
Começo este novo ano, sem esperança, nem sequer fé, de que tudo (as escolas e as pessoas) vão ser melhores.
Acalma-me o sentimento de que um dia vou olhar para trás e vou ver estes contratempos como apenas isso.
Pequenas pedras no caminho.
Perguntei-me já se seria este um ano bissexto, mas não. Um ano normal, como qualquer outro.
Um ano com três casamentos e dois funerais. E só não igualei o resultado porque o terceiro funeral coincidiu com um dos casamentos.
Podia ser pior, pensei eu. Mas conseguir imaginar o pior não quer dizer que isto não seja mau que chegue.
Durante muito tempo, avaliei as coisas assim. Desde que encontrasse um cenário mais negro, já a minha vida parecia suficientemente colorida e abençoada. Escusado será dizer que passei o ano inteiro a dizer a mim própria que as más experiências que passei nestas duas escolas não eram nada de significante. Até que cheguei às férias.
Nas férias há o ruminar próprio de um ano lectivo, para fazer dele o adubo para o ano seguinte. E o que encontrei este ano foi merda em estado puro.
Chorei, chorei muito. Nem vontade para escrever tive. Porque menti a mim própria e forcei-me a fingir que nada disto era assim tão mau. Não era o pior, mas era mau que chegasse.
Entre soluços soltei aquele "porrra, este ano foi uma merda!". Não sem vergonha e acanhamento, não sem me achar fraca. Porém com o reconhecimento desta verdade: foi-o de facto.
Um ano que me fez mal e me tirou o gosto pelo o ensino, que me fez conhecer o pior das pessoas, para além do que me era possível imaginar. Voltei a sentir-me uma criança, com a sensação de me ser tirado o tapete por baixo dos pés. Senti-me ridícula, por ser ainda tão ingénua face à maldade camuflada dos outros. Que inocência a minha, a de pensar que a nossa acção é regida para fazer as coisas bem e por bem, e não para proveito próprio.
Tenho 30 anos, a caminho dos 31, e ainda penso coisas destas. Ainda caio em buracos como estes, tão ilusórios como acreditar no Pai Natal.
Sinto-me amargurada, e sobra-me este sol de Verão para eu não cair em plena depressão.
Começo este novo ano, sem esperança, nem sequer fé, de que tudo (as escolas e as pessoas) vão ser melhores.
Acalma-me o sentimento de que um dia vou olhar para trás e vou ver estes contratempos como apenas isso.
Pequenas pedras no caminho.
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